Um projeto de lei em tramitação no Senado está dividindo opiniões sobre o retorno da obrigatoriedade dos extintores de incêndio em veículos de passeio e utilitários.
O PLC 159/2017, que aguarda votação, propõe que os automóveis voltem a contar com o item como obrigatório, exigindo extintores do tipo ABC, eficazes contra incêndios de materiais sólidos, líquidos inflamáveis e equipamentos elétricos energizados.
Um breve histórico sobre a obrigatoriedade
Em 2015, o Contran revogou a exigência do extintor, justificando que os sistemas de segurança dos veículos haviam evoluído e que o uso inadequado do equipamento poderia gerar mais riscos do que benefícios.
Desde então, o item tornou-se opcional para carros de passeio, mas permaneceu obrigatório em caminhões, ônibus e veículos de transporte de produtos inflamáveis.
Prós e contras: o embate entre os senadores
O debate no Senado expõe divergências. Enquanto o senador Eduardo Braga defende o retorno, alegando que o extintor é eficiente, acessível e essencial para a segurança, outros, como Styvenson Valentim, argumentam que o equipamento é pouco usado e que a falta de preparo técnico dos motoristas compromete sua eficácia. Além disso, pesquisas apontam que apenas 3% dos incêndios veiculares envolveram o uso de extintores.
A visão técnica dos especialistas
De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar, o extintor pode ser crucial para conter incêndios rapidamente, evitando danos maiores. Contudo, há ressalvas quanto à necessidade de treinamento para o uso correto do equipamento e à importância de manter a manutenção em dia. O prazo de validade, geralmente de cinco anos, precisa ser rigorosamente observado, já que um extintor vencido pode levar à aplicação de multas e retenção do veículo.