Volvo Inicia Cobrança de Carregamento de Veículos Elétricos: Impacto e Comparações

O custo da eletrificação da Volvo é maior que o da gasolina? Veja a análise completa

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A partir de 10 de julho, a Volvo implementará uma nova política de cobrança para o uso de seus carregadores de veículos elétricos no Brasil. Essa decisão marca uma mudança significativa na estratégia da marca sueca, que até então oferecia carregamento gratuito em seus pontos de recarga espalhados pelo país.

A medida se aplica a todos os motoristas, exceto os clientes Volvo, e tem gerado bastante discussão. A seguir, vamos analisar o impacto dessa decisão e comparar os custos de rodar com um carro elétrico versus um veículo a combustão.

Mudança na Política de Carregamento da Volvo

A Volvo anunciou que, a partir de 10 de julho, cobrará R$ 4,00 por kWh em seus carregadores. Além disso, haverá uma taxa de R$ 2,50 no momento da conexão e uma cobrança adicional de R$ 5,00 por minuto após 15 minutos de ociosidade com o carregamento completo. Essa cobrança visa incentivar a rotatividade das vagas de carregamento, evitando que veículos fiquem estacionados por longos períodos após a carga completa.

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De acordo com a Volvo, os motoristas de seus veículos representam 24% dos cadastrados no aplicativo de carregamento, enquanto outras marcas, como BYD e GWM, compõem 47% e 13%, respectivamente. Esses números evidenciam a frustração da Volvo em ser praticamente a única fabricante a investir na infraestrutura de carregamento, sem suporte semelhante de outras marcas.

Análise de Custos: Elétrico vs. Combustão

Para entender melhor o impacto financeiro dessa nova cobrança, fizemos uma análise comparativa entre o custo por quilômetro rodado de modelos elétricos e seus equivalentes a combustão.

A metodologia envolveu calcular o custo total de carregamento de um veículo elétrico, multiplicando o preço por kWh pela capacidade da bateria e adicionando a taxa de conexão. Em seguida, comparamos esse custo com o de rodar a mesma distância em um veículo a combustão.

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BYD Dolphin vs. Honda City

Divulgação/BYD

O BYD Dolphin, um dos líderes de mercado entre os elétricos, apresentou um custo de R$ 0,62 por km rodado. Em comparação, o Honda City, disponível nas versões hatch e sedan, custa R$ 0,44 por km na gasolina e R$ 0,41 no etanol.

Peugeot e-2008 vs. Jeep Compass T270

Divulgação/Peugeot

No segmento de SUVs, o Peugeot e-2008 teve um custo de R$ 0,86 por km, enquanto o Jeep Compass T270, movido a gasolina, apresentou um custo de R$ 0,57 por km, e R$ 0,53 no etanol.

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Considerações Finais

A decisão da Volvo de cobrar pelo carregamento de veículos elétricos reflete uma tentativa de equilibrar os investimentos em infraestrutura com a demanda crescente. Embora os custos de carregamento possam parecer altos, especialmente quando comparados com os combustíveis fósseis, é importante considerar os benefícios ambientais e a tendência global de eletrificação.

Além disso, a Volvo está aberta a parcerias com outras fabricantes para criar um “pacto da eletrificação”, visando ampliar e compartilhar a infraestrutura de carregamento, tornando-a mais acessível e eficiente para todos os motoristas de veículos elétricos.

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