Volkswagen Quer Imposto de 35% para Carros Eletrificados: Estratégia para Fortalecer a Indústria Automotiva Brasileira

CEO da Volkswagen do Brasil Apoia Medidas para Reduzir Importação de Elétricos e Híbridos

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A Volkswagen do Brasil se posicionou a favor da reimplementação do imposto de importação de 35% para carros elétricos e híbridos.

Durante a coletiva mensal da Anfavea, Ciro Possobom, CEO da Volkswagen no Brasil, destacou a crescente ameaça que os veículos importados representam para a indústria nacional e sugeriu medidas para fortalecer o setor automotivo no país.

Desafios e Oportunidades na Indústria Automotiva Brasileira

Possobom enfatizou que o aumento da importação de veículos eletrificados é um desafio significativo. Entre janeiro e maio de 2024, foram importados 45,7 mil veículos eletrificados, resultando em uma renúncia fiscal de R$ 2,5 bilhões para o governo brasileiro. O executivo destacou que a reinstauração do imposto de importação é crucial para proteger a indústria local e incentivar a produção doméstica, alinhando-se às tendências globais de incentivo à produção local.

Além disso, a medida é vista como uma forma de preservar empregos no setor automotivo e estimular o desenvolvimento tecnológico no Brasil. Possobom argumenta que a indústria automotiva brasileira precisa se tornar mais competitiva para se consolidar como um polo exportador de veículos na América do Sul.

Benefícios da Produção Local de Veículos Eletrificados

A produção local de veículos elétricos e híbridos pode trazer vários benefícios ao Brasil, incluindo:

  1. Aumento da Qualidade e Segurança: A fabricação doméstica permite maior controle sobre a qualidade dos veículos e a implementação de normas de segurança mais rigorosas.
  2. Etiquetagem e Rastreabilidade: Produção local facilita a etiquetagem dos veículos com informações sobre origem, pegada de carbono e outros aspectos relevantes.
  3. Sustentabilidade e Reciclabilidade: A produção nacional pode ser direcionada para o uso de materiais reciclados e biodegradáveis, promovendo a sustentabilidade.
  4. Redução da Pegada de Carbono: A fabricação local contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa, alinhando-se às metas globais de combate às mudanças climáticas.
  5. Estimulo à Pesquisa e Desenvolvimento: Incentivar a produção local pode impulsionar a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias automotivas.

Impacto Econômico e Tecnológico

Possobom destacou que a produção local não apenas preserva empregos, mas também estimula a economia e promove o desenvolvimento de novas tecnologias.

O apoio da Volkswagen à reimplementação do imposto de importação de 35% está em consonância com a demanda da Anfavea, que propõe a antecipação da alíquota prevista para 2026. Isso visa criar um ambiente mais favorável à inovação e aumentar a competitividade do setor automotivo brasileiro.

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Considerações Finais

A posição da Volkswagen reflete uma estratégia ampla para fortalecer a indústria automotiva no Brasil, proteger empregos e incentivar a produção local de veículos eletrificados. Embora a medida enfrente críticas, a montadora e a Anfavea argumentam que ela é essencial para garantir a sustentabilidade e competitividade do setor no longo prazo.

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