Volkswagen dá adeus ao motor VR6, um ícone da engenharia automotiva

Após 34 anos, o motor que impulsionou clássicos como Golf, Passat e Fusca encerra sua jornada, deixando um legado de inovação e desempenho

O motor VR6, que marcou gerações e estabeleceu um novo patamar de desempenho na engenharia automotiva, chega ao fim de sua produção.

Desde sua estreia no início dos anos 1990, o VR6 esteve presente em mais de 1,87 milhão de veículos, incluindo clássicos como Golf, Passat, Jetta e até o New Beetle RSi. Sua versatilidade também o levou a integrar modelos de outras marcas, como o Porsche Cayenne e até mesmo vans da Mercedes-Benz.

Início de uma lenda em 1991

Lançado no Passat B3 e no cupê Corrado, o motor VR6 trouxe uma solução única para a época: a combinação de características de motores em V e em linha.

Sua arquitetura compacta e inovadora permitia alta potência em um bloco reduzido, ideal para tração dianteira ou integral. Com isso, ele conquistou não apenas os entusiastas, mas também mercados exigentes como o norte-americano.

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Evolução técnica e marcos de potência

Inicialmente na configuração 2.8 litros 12 válvulas, com 174 cv, o VR6 passou por constantes aprimoramentos. Modelos como o Passat de sexta geração e os SUVs Touareg e Atlas chegaram a receber versões de 3.6 litros, entregando impressionantes 299 cv. Na China, uma variante turbo de 2.5 litros trouxe a mesma potência, mostrando como o VR6 se adaptava às demandas do mercado global.

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Aplicações além da Volkswagen

Além de brilhar nos modelos da Volkswagen, o VR6 deixou sua marca em marcas do grupo, como Audi e Porsche, e até fora dele. Foi encontrado em veículos como o Mercedes-Benz Vito e a minivan Ford Galaxy. Essa diversificação reforça sua relevância como um motor multifuncional e altamente respeitado na indústria.

A engenharia por trás do VR6

Inspirado na Lancia, o VR6 combinava o melhor de dois mundos: cilindros dispostos em uma angulação de apenas 15 graus, mesclando eficiência e compacidade.

O nome VR vem de “V” para motores em V e “R” de “Reihenmotor”, ou motor em linha, em alemão. Essa arquitetura permitia maior acessibilidade na produção e um desempenho impressionante, mesmo em carros de médio porte.

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Desafios e o fim de uma jornada

Apesar de seu sucesso, o VR6 enfrentou desafios com o passar do tempo. A busca por motores mais eficientes e sustentáveis diminuiu sua relevância em um mercado cada vez mais voltado para a eletrificação.

Ainda assim, ele deixa um legado de inovação e conquista, permanecendo na memória dos apaixonados por carros como um símbolo de desempenho e engenharia avançada.

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O futuro sem o VR6

Com o encerramento da produção, a Volkswagen reforça sua transição para tecnologias mais limpas, mirando na eletrificação e no desenvolvimento de novos sistemas de propulsão.

Ainda assim, o impacto do VR6 continuará vivo, não apenas nos veículos que ele impulsionou, mas também na história da indústria automotiva.

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