O mercado automotivo brasileiro está cada vez mais atrativo para as fabricantes chinesas. Com foco em inovações tecnológicas, veículos elétricos e híbridos, e estratégias que incluem produção local, o número de marcas vindas da China no Brasil deve alcançar 16 até 2025.
Esse movimento reflete o potencial do país como um dos principais mercados emergentes no setor automotivo. Abaixo, exploramos as estratégias de cada uma dessas marcas e o impacto que elas prometem trazer para o setor.
A Geely, que já atuou no Brasil há mais de uma década com modelos de baixo custo, prepara seu retorno em grande estilo. Desta vez, a marca chega com mais sofisticação, mirando diretamente no segmento de SUVs médios.
A fabricante planeja introduzir veículos com tecnologia híbrida e elétrica, posicionando-se como uma das maiores rivais da BYD e outras gigantes do setor. O primeiro modelo deve ser apresentado já no primeiro semestre de 2025, marcando a retomada da marca no mercado brasileiro.
A BYD, por sua vez, continua sua expansão agressiva no Brasil. Após consolidar-se como uma das principais marcas de veículos elétricos no país, a fabricante avança para a construção de sua fábrica em Camaçari (BA). A instalação será responsável pela produção de SUVs híbridos da linha Song e futuramente modelos totalmente elétricos.
Além disso, a marca planeja lançar submarcas como Denza e Yangwang, ampliando ainda mais sua presença no mercado. Em 2024, a BYD já alcançou a décima posição no ranking de vendas nacionais, com mais de 58 mil unidades emplacadas.
A GAC Motors chega ao Brasil com uma estratégia diferenciada, apostando inicialmente em veículos com motorização tradicional. A empresa anunciou um investimento de US$ 1 bilhão para a adaptação de produtos e a implementação de uma rede de concessionárias.
Com sete modelos previstos para lançamento, a GAC busca conquistar consumidores que ainda resistem à eletrificação. As vendas devem começar no início de 2025, prometendo agitar o mercado de SUVs e sedãs.
A GWM, focada em produção local, está finalizando sua unidade de montagem em Iracemápolis (SP). O plano da marca inclui o lançamento de SUVs híbridos, como o Haval H6 e o Haval H4, com preços competitivos para o segmento.
A estratégia é atrair consumidores com modelos tecnologicamente avançados e uma gama de opções sustentáveis. Em 2024, a GWM ocupava a 13ª posição no mercado, com mais de 23 mil unidades vendidas, consolidando-se como uma marca promissora.
A JAC Motors, conhecida por sua aposta inicial em veículos elétricos, revisou sua estratégia para incluir também opções movidas a diesel. Com a introdução da picape Hunter, a marca visa competir diretamente com modelos consagrados como a Toyota Hilux e a Chevrolet S10. Apesar disso, os elétricos continuam no radar, mas com uma abordagem mais cautelosa devido às previsões de mercado.
A Leapmotor, em parceria com a Stellantis, também planeja sua estreia no Brasil em 2025. Com foco em veículos elétricos de entrada, a marca promete ser uma alternativa acessível para quem deseja ingressar no segmento de eletrificação.
A parceria técnica com a Stellantis pode resultar no primeiro carro elétrico nacional da empresa, aumentando ainda mais a relevância da Leapmotor no mercado.
A Polestar, divisão de esportivos elétricos da Volvo, é outra marca que chegará em breve ao país. Com foco em veículos de alta performance, a fabricante pretende oferecer um modelo de compra completamente online, proporcionando aos clientes uma experiência premium. Apesar de ainda não ter divulgado quais modelos serão vendidos no Brasil, a expectativa é alta para o primeiro semestre de 2025.
A Zeekr, uma das marcas mais sofisticadas do grupo Geely, já iniciou suas operações no Brasil com veículos elétricos premium. Modelos como o Zeekr X e o 001 foram apresentados como alternativas de luxo para concorrer com marcas como Audi e BMW.
Além disso, a Zeekr pretende ampliar sua linha com veículos da Lynk & Co, previstos para 2025, reforçando sua estratégia de crescimento.
A MG Motor planeja retornar ao Brasil com uma linha focada em veículos híbridos e elétricos. A marca, que já teve operações no país em 2013, pretende trazer modelos como o MG4, um hatchback elétrico que promete competir com o Volkswagen Golf GTI. A MG busca posicionar-se como uma opção moderna e sustentável para o consumidor brasileiro.
A Neta enfrenta desafios financeiros na China, mas segue com planos para o mercado brasileiro. Com um portfólio que inclui modelos elétricos, a marca busca parceiros locais para viabilizar a montagem de veículos no formato CKD. Apesar das dificuldades, a marca mantém otimismo em relação à operação no Brasil.
A Omoda e a Jaecoo, apresentadas ao público brasileiro em 2023, tiveram seus cronogramas ajustados para começar as vendas apenas em 2025. A primeira aposta será o Jaecoo J7, um SUV médio que promete chamar atenção pelo design moderno e tecnologia embarcada.
A Riddara, marca do grupo Geely focada em picapes, deve iniciar suas operações com o lançamento da caminhonete elétrica RD6. Com capacidade de carga elevada e características modernas, a Riddara busca consolidar sua presença no segmento de veículos utilitários no Brasil.
A Wuling, em parceria com a General Motors, pretende trazer modelos elétricos acessíveis para o mercado nacional. A marca, conhecida por seus compactos urbanos, deve iniciar as operações em 2025, ampliando o portfólio de elétricos da GM no país.