Etanol sem imposto? Projeto de lei quer zerar a tributação do combustível.

O PL 1852/24 propõe zerar as alíquotas das contribuições federais (PIS/Cofins).

bomba combustivel 1

Em tempos de intensas discussões sobre a transição para combustíveis mais sustentáveis, o etanol figura como uma opção estratégica na busca por uma economia menos dependente dos derivados do petróleo. Recentemente, um novo Projeto de Lei (PL 1852/24) em análise na Câmara dos Deputados pode levar ao fim da incidência de contribuições federais (PIS/Cofins) sobre o etanol combustível no mercado interno, visando torná-lo mais atraente ao consumidor final.

Atualmente, sem um estoque regulador, o valor do litro de etanol oscila bastante, o que acaba tornando difícil competir diretamente com a gasolina, a despeito dos benefícios ambientais do combustível vegetal. Proposto pelo deputado José Medeiros (PL-MT), o projeto não só pretende zerar essas alíquotas, como também aliviar a perda na arrecadação com cortes em despesas com propaganda do governo federal.

Atrativos do Etanol no Novo Cenário Fiscal

Segundo José Medeiros, o objetivo é tornar o etanol uma escolha não apenas pela questão ambiental, mas também pela vantagem econômica. “O etanol é renovável e mais limpo; o governo deve estimular seu consumo em detrimento dos combustíveis fósseis, que causam desequilíbrio ambiental”, defendeu o parlamentar.

No contexto do Projeto de Lei apresentado, é significativo ressaltar a promulgação em caráter conclusivo, o que significa que, uma vez aprovado nas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, o projeto poderá ir direto para a sanção presidencial sem necessidade de passar pelo Plenário da Câmara.

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A proposta segue em análise e deve percorrer o processo legislativo até a aprovação pelas casas parlamentares para virar lei. Caso seja implementada, a medida promete trazer um alívio nos postos e favorecer uma matriz energética mais sustentável.

Brasil Defenderá Padrões Internacionais no G20

Ainda nesse cenário, o Brasil se prepara para promover padrões internacionais de sustentabilidade para biocombustíveis na próxima reunião do G20, prevista para novembro. A delegação brasileira levará uma pauta voltada ao ciclo de vida do combustível vegetal, ao invés de apenas o consumo imediato, defendendo assim, a relevância do etanol no combate às mudanças climáticas.

Todavia, a iniciativa enfrentará resistência de países como a Alemanha, que vêem com reticências a expansão indiscriminada do uso do etanol, temendo impactos ambientais adversos. No contraponto, a União Europeia aposta na eletrificação e em combustíveis sintéticos como vias preferenciais para descarbonização de seus mercados.

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As negociações no G20 trarão uma relevância estratégica, uma vez que um alinhamento de regras internacionais pode representar uma vasta oportunidade comercial para o setor sucroalcooleiro brasileiro.

Impactos Esperados e Relevância do PL

Se aprovado, o PL 1852/24 poderá ser um grande aliado na diminuição dos custos do etanol, incrementando sua competitividade no mercado e garantindo um mercado consumidor mais consolidado para o setor sucroalcooleiro. Além de uma solução econômica, o estímulo ao uso de combustíveis renováveis como o etanol também carrega benefícios ambientais inegáveis.

Em resumo, a iniciativa não só busca alinhar com os objetivos de sustentabilidade e eficiência econômica, como coloca o Brasil na linha de frente da defesa de biocombustíveis no cenário internacional, trazendo perspectiva positiva para a popularização do etanol. Em paralelo, na próxima reunião do G20, o Brasil enfrentará desafios importantes em assegurar padrões globais de sustentabilidade, ao mesmo tempo que destaca os benefícios únicos de nossos biocombustíveis.

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