A inclusão de carros automáticos e elétricos nas aulas de direção pode representar um marco na formação de motoristas no Brasil. A nova proposta de lei (PL) da senadora Teresa Leitão (PT-PE) busca, além de modernizar o processo de ensino nas autoescolas, reforçar a educação e segurança nas estradas ao tornar obrigatório um curso de educação no trânsito para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Essa abordagem visa não apenas acompanhar as mudanças no mercado automotivo, mas também alinhar o ensino às exigências da mobilidade sustentável.
A Motivação por Trás da Proposta
A senadora Teresa Leitão explica que a medida vem em resposta ao aumento expressivo de veículos com transmissão automática, que já representam mais de 70% da produção nacional. Além disso, a proposta busca preencher uma lacuna no sistema de ensino das autoescolas, onde, até então, não havia regulamentação que permitisse o uso de veículos automáticos e elétricos em aulas práticas de direção.
Com a Lei 14.599 de 2023 equiparando veículos elétricos aos automotores tradicionais, a proposta surge como uma necessidade para adaptar a educação de trânsito ao cenário atual, onde os motoristas enfrentam uma diversidade crescente de tecnologias automotivas.
Cursos de Educação no Trânsito
O projeto estabelece que o curso obrigatório deve abordar uma série de temas que vão além da condução básica. De acordo com a proposta, o currículo deverá incluir conteúdos como legislação de trânsito, direção defensiva, cidadania e primeiros socorros.
Esses tópicos visam formar motoristas mais conscientes e responsáveis, capazes de atuar preventivamente no trânsito e, ao mesmo tempo, contribuir para um ambiente mais seguro para todos. A proposta da senadora enfatiza que a educação no trânsito deve ser considerada uma política de segurança pública, focada não só na redução de acidentes, mas também no desenvolvimento da cidadania.
A Inclusão de Carros Automáticos e Elétricos
A senadora Teresa Leitão argumenta que a regulamentação do uso de carros automáticos e elétricos nas autoescolas é um avanço necessário para acompanhar a evolução do mercado automotivo e as preferências dos novos motoristas.
“Hoje, não há regulamentação para o uso desses veículos para fins de aprendizagem, o que limita a capacidade das autoescolas de oferecerem opções mais modernas e sustentáveis,” destaca Leitão.
A inclusão desses modelos traria uma nova dimensão para o aprendizado de direção, permitindo que os futuros motoristas se adaptem a tecnologias cada vez mais presentes nas ruas.
Impacto na Segurança e Eficiência no Trânsito
Outro ponto importante levantado pela senadora é a segurança no trânsito. O uso de carros automáticos pode reduzir a incidência de falhas humanas relacionadas à troca de marcha, principalmente entre motoristas novatos.
Além disso, o foco no meio ambiente e na sustentabilidade se intensifica ao permitir que veículos elétricos também sejam incluídos nas aulas de direção.
A proposta, portanto, busca não apenas a modernização tecnológica, mas também uma conscientização ambiental, ao incluir noções básicas de proteção ao meio ambiente e mobilidade sustentável.