Como dar tranco em carro automático? Tudo o que você precisa saber antes de tentar.

Entenda os riscos e as alternativas seguras para acionar o motor de um veículo automático

tranco em carro automatico

Os carros automáticos se tornaram uma escolha popular entre os motoristas brasileiros, mas ainda geram muitas dúvidas, principalmente em situações de emergência. Uma das questões mais comuns é: é possível dar tranco em carro automático?

Embora seja bastante comum em carros manuais, é arriscado nos automáticos e pode causar sérios danos ao veículo. Neste artigo, vamos explorar os motivos pelos quais isso acontece, os riscos envolvidos e o que fazer quando o motor de um carro automático não funciona.

O mito do tranco em carros automáticos

A prática de “dar tranco” é bastante conhecida entre os motoristas de carros manuais. Em situações onde o motor não liga, muitos utilizam o método de engatar a segunda marcha e gerar um impulso para o carro voltar a funcionar. Entretanto, carros automáticos não podem pegar no tranco. Isso ocorre por causa do conversor de torque, uma peça que substitui a função da embreagem nos carros automáticos.

O conversor de torque depende do motor ligado para funcionar corretamente, o que inviabiliza o tranco. Por isso, tentar esse procedimento em um carro automático pode resultar em problemas sérios para a transmissão e outros componentes.

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Por que não forçar o tranco em carros automáticos?

Embora seja tecnicamente possível tentar o tranco em um carro automático, os riscos superam qualquer benefício. Ao posicionar o câmbio em “N” (neutro) e, ao ganhar velocidade, mudar para “D” (drive), há uma chance de o motor funcionar. Contudo, essa prática pode comprometer o sistema de transmissão e causar danos irreparáveis. Outro perigo é o acionamento acidental da posição “P” (park), o que trava imediatamente as rodas, podendo quebrar componentes cruciais como o sincronizador e o eixo do câmbio.

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Além disso, o risco de danos à correia dentada aumenta significativamente. Em veículos onde essa peça está desgastada, o tranco pode levar ao rompimento da correia, colocando as válvulas e os pistões em uma posição de colisão. Isso é particularmente perigoso em motores a diesel, que possuem taxas de compressão mais elevadas. A consequência pode ser uma retífica completa do motor, um reparo caro e demorado.

Alternativas seguras para lidar com o problema

Se o seu carro automático não liga, é importante buscar alternativas seguras em vez de recorrer ao tranco. As falhas mais comuns geralmente estão ligadas a problemas no sistema de combustão. Aqui estão alguns pontos para verificar antes de tomar qualquer decisão drástica:

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O que fazer quando a bateria está descarregada?

Se o problema do carro automático for apenas a bateria descarregada, existem algumas opções práticas para resolver a questão. Em vez de tentar dar tranco, é mais seguro utilizar um cabo de transferência de carga, também conhecido como “chupeta”. Conectar a bateria do carro a uma fonte externa permitirá que o motor funcione novamente sem risco de danos à transmissão ou aos componentes internos.

Outra opção é investir em um carregador portátil. Esse dispositivo permite recarregar a bateria em situações de emergência, eliminando a necessidade de empurrar o carro ou recorrer a métodos arriscados.

Cuidados ao lidar com veículos automáticos

Lidar com um carro automático requer uma abordagem diferente em comparação aos manuais, especialmente em situações onde o motor não liga. Além de evitar a prática de dar tranco, é importante realizar manutenções preventivas regulares, como a troca da correia dentada no prazo recomendado e a verificação constante do nível de óleo. Esses cuidados simples podem prevenir a maioria dos problemas que afetam o funcionamento do motor.

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De acordo com o mecânico Rafael Machado, da Mecânica Mundo Renault, manter a saúde do sistema de transmissão automática é crucial para garantir o bom desempenho do veículo. Ele recomenda sempre consultar um mecânico de confiança ao identificar problemas, pois “um pequeno descuido pode gerar grandes prejuízos, especialmente em câmbios automáticos, que são mais sensíveis a desgastes e mau uso.”

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