Ao comprar um carro novo, a excitação de possuir um veículo zero quilômetro vem acompanhada de várias dúvidas. Uma das questões mais comuns entre os motoristas é: ainda é necessário amaciar o motor de um carro novo?
Esta prática, amplamente adotada por gerações passadas, está sujeita a novas considerações tecnológicas e mudanças nos processos de fabricação de motores. E ponderamos: ainda é um assunto bastante discutido entre os “entendidos do assunto”
A Evolução da Tecnologia de Motores
Historicamente, o processo de amaciar o motor envolvia uma condução cuidadosa e moderada durante os primeiros 500 e 1000 quilômetros, visando garantir que todas as peças do motor funcionassem perfeitamente e se assentassem de maneira uniforme. Hoje, no entanto, os avanços na tecnologia e no processo de manufatura de motores reduziram drasticamente essa necessidade.
Os motores modernos passam por testes rigorosos na linha de produção, muitos dos quais envolvem uma espécie de “amaciação” automatizada e controlada que simula diversas condições de funcionamento. Isso permite que a maioria dos componentes críticos do motor já cheguem ao consumidor com o ajuste necessário para garantir uma operação eficiente e segura.
A Necessidade de amaciar o motor hoje
Ainda que o amaciamento do motor já não seja mais crucial como era no passado, algumas montadoras recomendam seguir algumas diretrizes durante os primeiros 1.000 a 2.000 km para assegurar a longevidade e o desempenho ideal do motor. Boris Feldman, especialistas no assunto e apresentador do autopapo, é um dos defensores do amaciamento dos motores em veículos, além de outros cuidados, como:
- Evitar Acelerações e Frenagens Brutas: Até os primeiros 1000km, é recomendado manter um estilo de condução mais suave, sem meter o pé no acelerador e no pedal de frenagem, para ajudar a assegurar que todas as partes móveis do veículo se adaptem corretamente.
- Variação da Velocidade: Ao invés de manter uma velocidade constante, variar entre diferentes velocidades durante a condução.
- Respeitar os Limites de Rotação: Evitar subir demais a rotação do motor (acima de 4.000 rpm) e não manter o motor em alta rotação por longos períodos.
Benefícios do amaciamento do motor
Embora os motores atuais estejam muito mais preparados desde o início, ainda seguir essas orientações pode ainda trazer certos benefícios:
- Eficiência do Motor: Pode contribuir para o melhor ajuste dos componentes móveis, resultando em menor atrito interno e maior eficiência.
- Longevidade: Ajuda a prolongar a vida útil do motor, reduzindo o risco de desgastes prematuros.
- Economia de Combustível: Condução cuidadosa inicialmente pode levar a padrões de condução que economizam combustível a longo prazo.
O que recomendam os fabricantes?
Cada montadora pode ter recomendações específicas para os novos proprietários de carros, refletindo as características únicas dos motores que produzem. Por isso, é fundamental consultar o manual do proprietário e seguir as instruções descritas. Aliás, atualmente montadoras já não recomendam o amaciamento, podendo conduzir o veículo naturalmente sem maiores problemas.
Manutenção Preventiva
Além do amaciamento do motor, caso se faça necessário como uma medida protetiva, não se deve negligenciar a importância da manutenção preventiva, como trocas regulares de óleo e filtro de óleo. Este cuidado regular contribui substancialmente para manter o motor em bom funcionamento e evitar problemas a longo prazo.
Considerações finais
Com a tecnologia avançada dos motores atuais, o amaciamento do motor, como era conhecido anteriormente, se tornou em grande parte obsoleto e não é um ponto obrigatório.
No entanto, um período inicial de condução cuidadosa e a adoção de boas práticas de manutenção ainda são importantes para assegurar que seu carro novo tenha um desempenho eficiente e uma vida útil prolongada. Adapte essas práticas às orientações fornecidas pelo fabricante para tirar o máximo proveito do seu veículo novo.