O fim de uma era: Fiat confirma a aposentadoria do motor Fire no Brasil

Após quase quatro décadas de história, o motor Fire dá lugar aos modernos Firefly, atendendo às exigências ambientais e marcando uma transição significativa.

Lançado na Itália em 1985, o motor Fire trouxe uma verdadeira revolução tecnológica. Seu nome, acrônimo de Fully Integrated Robotised Engine, destacava a produção automatizada que definiu uma nova era para a indústria. Compacto, leve e inovador, ele foi pioneiro no uso de simulações digitais e elementos finitos em sua concepção, resultando em um bloco de ferro com apenas 18 kg, algo revolucionário para a época.

Sua trajetória no Brasil começou 15 anos depois, em 2000, equipando o Fiat Palio 1.3 16V. Desde então, o Fire foi presença constante em modelos populares como Uno, Siena, Strada e Doblò. Sua simplicidade mecânica e manutenção acessível conquistaram tanto consumidores quanto mecânicos, consolidando-se como um motor confiável e robusto.

Os desafios e o fim da produção

Apesar de sua durabilidade e eficiência, o motor Fire não acompanha mais as exigências ambientais modernas. Com a entrada em vigor do Proconve L8 em 2025, suas emissões de poluentes tornaram-se um desafio insuperável. Assim, a Fiat decidiu aposentar o Fire até o final de 2024, substituindo-o pelos mais eficientes motores Firefly.

Essa transição já começou. Modelos como o Fiat Mobi, Fiorino e Peugeot Partner Rapid receberão motores Firefly nas versões 1.0 de três cilindros e 1.3 de quatro cilindros. Esses novos propulsores oferecem menor consumo de combustível e reduzem significativamente a emissão de poluentes, adequando-se às normas ambientais.

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Uma última homenagem ao Fire

O Fire deixa um legado inegável. Desde suas primeiras versões, com 55 cv no 1.0 e 81 cv no 1.4, até as mais recentes atualizações, que chegaram a 74 cv e 86 cv, respectivamente, ele acompanhou gerações de motoristas. Foi mais do que um motor, foi um símbolo de acessibilidade e eficiência para o mercado automotivo brasileiro.

Entretanto, sua aposentadoria também reflete a evolução necessária no setor. A Fiat, ao adotar os motores Firefly, reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e a inovação tecnológica, posicionando-se para atender às demandas do futuro.

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O futuro dos motores Firefly

Além de substituir o Fire, os motores Firefly ECO prometem ainda mais eficiência com sua atualização. A combinação de tecnologia avançada e menor impacto ambiental alinha-se às tendências globais da indústria automotiva. Com versões como a 1.0 e 1.3, eles serão protagonistas na nova linha de veículos da Fiat, atendendo às expectativas dos consumidores e reguladores.

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