As montadoras chinesas têm ganhado cada vez mais espaço no cenário automotivo mundial, oferecendo uma variedade de veículos que vão desde modelos econômicos até carros de luxo.
Entretanto, um desafio curioso que essas marcas enfrentam ao entrar em mercados ocidentais é a escolha de nomes que ressoem bem com consumidores de outras culturas. Muitas vezes, o resultado é um nome que soa inusitado, estranho, ou até mesmo engraçado.
Changan (Ex-Chana)
Quando a Chana desembarcou no Brasil em 2006, foi a primeira marca chinesa a tentar conquistar o público brasileiro. Com o lançamento da Chana Family, a importadora Districar inicialmente defendeu o nome como um diferencial exótico que poderia atrair clientes curiosos. No entanto, o nome peculiar não foi suficiente para manter a marca em solo brasileiro.
Em cinco anos, a Chana passou a se chamar Changan, em uma tentativa de se reinventar, mas acabou encerrando suas operações no Brasil pouco tempo depois. A mudança de nome refletiu uma estratégia de reposicionamento, mas também indicou os desafios culturais que as montadoras chinesas enfrentam ao se internacionalizar.
Jaecoo
A Chery decidiu apostar em novas marcas para se destacar nos mercados internacionais, e uma dessas apostas foi a Jaecoo. Prestes a lançar seus carros no Brasil, a marca já levanta sobrancelhas por aqui devido à sua fonética peculiar.
A última sílaba, especialmente, pode ser alvo fácil para brincadeiras, o que demonstra como um nome que funciona bem em um idioma pode gerar interpretações inesperadas em outro. Apesar desse desafio, a Jaecoo se apresenta como uma marca com grande potencial, focada em veículos que combinam estilo e tecnologia.
Onvo
No Brasil, especialmente em Minas Gerais, a palavra “Onvo” pode facilmente ser associada ao dialeto local, onde “onvô” se refere a uma pergunta sobre direção. Na China, no entanto, Onvo é a nova marca da Nio, uma das líderes em veículos elétricos.
A Onvo foi criada para oferecer carros mais acessíveis ao grande público, ampliando a presença da Nio no mercado global. A marca traz consigo a inovação característica da Nio, mas com um nome que pode causar confusão ou até gerar boas risadas em terras brasileiras.
Wey
Quem frequenta academias certamente já ouviu falar de “Whey”, o famoso suplemento proteico. Coincidência ou não, a Wey é uma marca de SUVs luxuosos da GWM, que em breve chegará ao Brasil.
O modelo Wey Coffee, por exemplo, promete oferecer uma experiência premium, mas seu nome pode acabar sendo confundido com o suplemento nas prateleiras das academias. A GWM já mostrou sua estratégia de adaptar os nomes de seus modelos ao mercado local, o que pode ser uma boa ideia para evitar associações indevidas.
Li Auto
Li é um sobrenome comum na Ásia, mas também representa uma unidade de medida chinesa. No mundo automotivo, Li Auto é sinônimo de inovação, sendo responsável por alguns dos veículos elétricos mais avançados do mercado.
A marca se destaca pela sua automação veicular, uma área onde supera muitas concorrentes locais. No entanto, o nome simples e curto pode não transmitir imediatamente a sofisticação tecnológica que a marca oferece, o que ressalta a importância de um nome que ressoe com o produto.