Blog Motor
  • Novidades
    • Lançamentos
  • Reviews
  • Mecânica
  • Comparativos
  • Antigos
  • Trânsito
  • Stories
No Result
View All Result
Blog Motor
No Result
View All Result
Home Noticias

Brasil vira porta de entrada para os carros da China: expansão agressiva coloca montadoras locais em alerta

Estratégia inclui importações em massa, fábricas no país e preços que desafiam a indústria nacional

by Blog Motor
24 de julho de 2025
in Noticias
byd navio e1705345986166 Brasil vira porta de entrada para os carros da China: expansão agressiva coloca montadoras locais em alerta

A chegada de veículos chineses em ritmo acelerado ao Brasil não é coincidência — trata-se de uma movimentação estratégica que responde a pressões internas na Ásia e a oportunidades comerciais no “Sul Global”.

Marcas como BYD, GWM e Geely estão transformando a paisagem automotiva nacional com modelos cada vez mais competitivos, preços agressivos e uma estrutura de produção que desafia o equilíbrio industrial brasileiro. A ofensiva, que combina importações recordes, fábricas locais e subsídios governamentais, já começa a mudar o comportamento de consumidores e fabricantes.

Um novo tabuleiro no setor automotivo

Enquanto o mercado chinês sofre com superprodução e uma guerra de preços entre mais de 100 marcas de carros elétricos, as montadoras do país enxergam no Brasil uma oportunidade estratégica. A lógica é simples: escoar o excedente de produção para países onde a concorrência é menor e a demanda por eletrificação está em crescimento.

Veja Também

Denúncias de Segurança em Carros da VinFast Colocam Tata Group em Foco

Curitiba Custom Day: Um evento imperdível para os fãs da cultura custom e automotiva.

Lincoln Town Car: o estiloso sedã que fez parte da carreira de Silvio Santos.

Por aqui, o impacto já é visível. Em 2025, os carros chineses devem representar 8% das vendas totais de veículos leves no Brasil, com projeção de até 200 mil unidades importadas. Isso inclui desde SUVs híbridos até modelos 100% elétricos.

Publicidade

A BYD lidera essa corrida. A montadora alcançou o quinto lugar em vendas no país, dominando com folga o segmento de carros elétricos, com 77% de participação entre os modelos 100% a bateria. Sua estratégia inclui uma frota própria de navios e importações em larga escala — o navio BYD Shenzhen, por exemplo, trouxe quase 7.300 veículos de uma só vez ao porto de Itajaí (SC), a maior operação de descarga de elétricos já registrada no Brasil.

Produção local: entre o marketing e a eficiência

Além das importações, a produção nacional é um passo estratégico para reduzir custos com tarifas e criar laços políticos e econômicos com o país. A BYD adquiriu o antigo complexo da Ford em Camaçari (BA) e está investindo R$ 5,5 bilhões para transformar o local em sua maior fábrica fora da Ásia. A planta terá capacidade para 600 mil veículos ao ano e servirá também como base de exportação para a América Latina.

No entanto, a montagem por enquanto segue o modelo SKD (semi-knocked down), no qual os carros chegam quase prontos da China e são finalizados aqui. Isso reduz a geração de empregos e levanta críticas da indústria nacional sobre os reais benefícios da nacionalização.

A GWM também avança em território brasileiro. Em Iracemápolis (SP), a montadora está finalizando sua fábrica e promete investir até R$ 10 bilhões até 2032, com um plano mais robusto de nacionalização e uso de fornecedores locais. Já conta com resultados expressivos: o SUV Haval H6 é hoje o híbrido mais vendido do país.

Publicidade

O retorno de Geely e o reforço da Renault

A ofensiva chinesa inclui também a Geely, que volta ao Brasil com um carregamento inicial de 680 veículos elétricos e planos para atuar em parceria com a Renault na produção local de híbridos e elétricos. A colaboração pode dar origem a um novo polo industrial em São José dos Pinhais (PR), com a Geely inclusive estudando assumir uma participação acionária minoritária na operação da Renault no país.

Uma expansão global que incomoda

O que acontece no Brasil é reflexo de uma expansão global intensa das montadoras chinesas. A China exportou 4,7 milhões de veículos em 2023 e pretende atingir 7,3 milhões até 2030, consolidando-se como maior exportadora do mundo.

O crescimento é motivado por subsídios estatais, produção em larga escala e uma política agressiva de preços. A própria BYD já ultrapassou a Tesla em vendas de elétricos na Europa, onde também constrói fábricas para contornar tarifas. Países como a Hungria já recebem plantas chinesas, e a União Europeia começa a reagir com tarifas sobre veículos elétricos oriundos da China. No entanto, os fabricantes asiáticos demonstram habilidade em se adaptar: empresas como a MG pivotam para híbridos, segmento ainda livre de taxações na região.

Publicidade

Brasil sente o baque

A chegada dos carros chineses ocorre num momento delicado para o setor automotivo nacional. Com juros altos (Selic a 15% ao ano) e inadimplência em alta, a produção local encontra dificuldades para acompanhar o crescimento das importações. Enquanto as vendas de veículos nacionais cresceram apenas 2,6% no primeiro semestre de 2025, os importados avançaram 15,6%.

Mais de 600 empregos diretos já foram perdidos nas fábricas nacionais nos últimos meses. A Anfavea alerta que o atual volume de carros importados já representa o que seria a produção anual de uma fábrica nacional de grande porte, que poderia gerar mais de 6 mil empregos diretos e até 60 mil indiretos em sua cadeia produtiva.

A preocupação aumenta com a montagem simplificada dos carros SKD/CKD. Para cada emprego direto gerado nesse modelo, estima-se apenas 2 a 3 empregos indiretos, muito abaixo dos 10 empregos indiretos por vaga em fábricas com produção completa.

Publicidade

Pressão por mais proteção

Diante desse cenário, entidades do setor pressionam o governo para endurecer as regras. A Anfavea quer antecipar o aumento do Imposto de Importação para elétricos para 35%, previsto só para meados de 2026. A primeira fase da alta já entrou em vigor em julho de 2025: 18% para elétricos, 20% para híbridos e 25% para híbridos plug-in.

Também há resistência contra qualquer redução tributária para carros SKD, que poderiam estimular ainda mais a entrada de veículos quase prontos e prejudicar ainda mais a industrialização nacional.

Publicidade

Mercado dividido: pesados sofrem, leves resistem

Enquanto o mercado de caminhões e pesados sofre com o crédito caro, com queda de 3,6% nas vendas, o segmento de automóveis e comerciais leves mantém crescimento graças ao consumo das famílias. Com pleno emprego e renda em alta, além de financiamentos subsidiados pelos bancos das montadoras, as vendas continuam estáveis — ao menos por enquanto.

A previsão da Fenabrave é de crescimento de 5% para automóveis, 6% para ônibus e 10% para motos em 2025. A única revisão negativa foi para o setor de caminhões, com queda esperada de 7%.

ShareTweetPin

Veja Também

jeep parceria com a juventus 1 Jeep apresenta o Compass elétrico com nova geração e celebra 14 anos de parceria com a Juventus
Noticias

Jeep apresenta o Compass elétrico com nova geração e celebra 14 anos de parceria com a Juventus

22 de maio de 2025
Foto: Divulgação/MPT
Noticias

BYD enfrenta processo bilionário no Brasil por denúncia de trabalho escravo e tráfico de pessoas

27 de maio de 2025
ayrton senna Carro do Bicampeonato de Ayrton Senna Será Exposto em São Paulo
Noticias

Carro do Bicampeonato de Ayrton Senna Será Exposto em São Paulo

26 de outubro de 2024
  • Política de privacidade
  • Contato
  • Política de Ética
  • Politica de verificação dos fatos
  • Quem somos
  • Termos de uso
  • Politica editorial
  • Stories

Categorias

  • Acessórios
  • Agile
  • Antigos
  • Astra
  • Chevrolet
  • Comparativo
  • Curiosidades
  • Lançamentos
  • Manual
  • Mecânica
  • Noticias
  • Onix
  • Reviews
  • Sem categoria
  • Trânsito

Sobre nós

Blog Motor, sua revista digital do setor automotivo

© 2025 Blog Motor

No Result
View All Result
  • Novidades
    • Lançamentos
  • Reviews
  • Mecânica
  • Comparativos
  • Antigos
  • Trânsito
  • Stories

© 2025 Blog Motor

Nosso site utiliza cookies para melhorar sua experiência
Politica de privacidade.