O Gol GTi 1989, foi um marco na indústria automobilística brasileira. Ele foi o primeiro modelo nacional a contar com injeção eletrônica de combustível, um sistema que melhorava o desempenho, o consumo e a emissão de poluentes do motor.
Equipado com um motor 2.0 litros e injeção eletrônica, ele entregava um impressionante desempenho esportivo para sua época. Além disso, ele era um carro esportivo, com um design arrojado, um acabamento caprichado e um bom nível de equipamentos. Contudo, sempre havia uma certa polêmica envolvendo o carro, que era amado por alguns e odiado por outros.
Imagens: grupoago
A história do Gol GTi 1989
O Gol GTi , lançado em 1989 no Brasil, fez parte da segunda geração do Gol, que também incluía as versões CL, GL e GTS. O nome GTi significava Gran Turismo Iniezione, uma referência ao sistema de injeção eletrônica que equipava o carro.
O carro era produzido na fábrica da Volkswagen em Taubaté, no interior de São Paulo, e tinha como principais concorrentes o Escort XR3, o Monza S/R, o Uno 1.5R e o Passat GTS Pointer. O Gol GTi se destacava pelo seu visual diferenciado, com uma grade dianteira exclusiva, faróis de dupla parábola, lanternas fumê, rodas de liga leve, aerofólio traseiro, saias laterais e adesivos alusivos à versão.
O gol GTi 1989 era chamativo
Um dos pontos positivos do gol GTi 1989 era seu visual bem chamativo, desde itens internos, como seu painel digital, que ficava no centro do painel, ou pelo seu volante de quatro raios, que tinha o logotipo GTi. Além disso, o carro oferecia itens como ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricos, retrovisores elétricos, teto solar, bancos Recaro, rádio toca-fitas, entre outros.
Por outro lado, o Gol GTi também se destacava pelo seu design agressivo e esportivo. Com para-choques exclusivos, spoilers e faixas decorativas, ele exalava esportividade por todos os lados.
Versão de venda
O Gol GTi era vendido em uma única versão, com motor 2.0 8V, que rendia 120 cv de potência e 18,4 kgfm de torque. O câmbio era manual de cinco marchas, com relações curtas e engates precisos. O carro acelerava de 0 a 100 km/h em 9,7 segundos e atingia a velocidade máxima de 182 km/h.
O carro teve algumas mudanças ao longo dos anos, como a adoção de novas cores, novos tecidos, novos adesivos e novos equipamentos. Em 1991, o carro ganhou uma versão com motor 2.0 16V, que rendia 136 cv de potência e 18,9 kgfm de torque. Em 1994, o carro saiu de linha, dando lugar ao Gol GTi 2.0 16V, que era um modelo mais moderno e atualizado.
As características do Gol GTi 1989
O Gol GTi 1989 era um carro que se destacava por suas características, tanto positivas quanto negativas.
Pontos fortes
- Desempenho: de um modo geral, o carro era avaliado muito bem pelos proprietários. O desempenho, por exemplo, era considerado como excelente, graças ao seu motor potente, ao seu câmbio bem escalonado e ao seu peso reduzido. Além de se destacar no visual, ele era ágil, rápido e divertido de dirigir, tanto na cidade quanto na estrada, e ainda apresentava uma boa estabilidade, uma boa frenagem e uma boa dirigibilidade.
- Estilo: chamativo por natureza, o gol GTI=i 1989 tinha um estilo único, que fugia do padrão dos carros populares. Com suas linhas esportivas, detalhes exclusivos, cores vibrantes e um visual que chamava a atenção por onde passava, ele era um ícone de uma época, que representava o espírito jovem e aventureiro dos anos 80 e 90.
- Equipamentos: o gol GTi 1989 era muito bem equipado, tanto para a época quanto para a categoria. Como mencionado a cima, ele contava com itens que eram raros ou inexistentes em outros modelos nacionais, como o painel digital, o teto solar, os bancos Recaro, o rádio toca-fitas, entre outros. Ele também tinha itens que garantiam o conforto e a segurança dos ocupantes, como o ar-condicionado, a direção hidráulica, os vidros e travas elétricos, os retrovisores elétricos, entre outros.
Pontos fracos
- Consumo: infelizmente, ele era considerado como um carro muito gastão, tanto com gasolina quanto com álcool. Afinal, ele vinha equipado com um motor potente, que não era muito econômico. Além disso, ele também tinha um câmbio curto, que exigia mais rotações do motor. Segundo a opinião de proprietários, o gol GTi 1989 fazia em média 6 km/l na cidade e 9 km/l na estrada com gasolina, e 4 km/l na cidade e 6 km/l na estrada com álcool.
- Manutenção: para a época, o carro era muito caro de manter, tanto pela frequência quanto pelo preço das peças, que geralmente eram importadas e difíceis de encontrar. Além disso, ele tinha uma mecânica sofisticada, que exigia cuidados especiais e revisões periódicas. Infelizmente, há relatos de que o veículo também sofria com alguns problemas crônicos, como falhas na injeção, na ignição, no painel, entre outros.
As opiniões dos proprietários do Gol GTi 1989
O Gol GTi 1989 era um carro que gerava paixão entre os proprietários. Alguns adoravam o carro, outros odiavam. Veja alguns depoimentos de quem teve ou tem o carro, retirados de sites especializados.
“Tenho um Gol GTi 1989, vermelho, com 150 mil km rodados. O carro é sensacional, muito rápido, muito bonito e muito bem equipado. O carro é um clássico, que faz sucesso por onde passa. O carro nunca me deixou na mão, só faço as revisões preventivas. O carro é um ótimo custo-benefício, paguei 15 mil reais nele há cinco anos e não me arrependo.”
Afonso L.
“Tive um Gol GTi 1989, azul, com 100 mil km rodados. O carro era um pesadelo, só me deu dor de cabeça. O carro vivia na oficina, tinha vários problemas elétricos, mecânicos e eletrônicos. O carro era muito caro de manter, as peças eram um absurdo de caras e difíceis de achar. O carro era muito desvalorizado, perdi muito dinheiro com ele. Foi o pior carro que eu já tive na vida.”
Jurandir B.
“Tenho um Gol GTi 1989, preto, com 80 mil km rodados. O carro é muito bom, mas tem seus defeitos. O carro é muito rápido, bonito e bem equipado, mas também é gastão, caro de manter e desconfortável. O carro tem uma manutenção cara, mas não é frequente. O carro é muito desvalorizado, mas eu não ligo para isso. O carro me atende bem, mas não é para qualquer um.”
Gabriel O.