A introdução do Kadett GS pela Chevrolet no final dos anos 80 trouxe uma lufada de ar fresco ao mercado automotivo brasileiro. Com design inovador, desempenho de ponta e tecnologias avançadas para a época, o Kadett GS rapidamente se tornou um ícone entre os entusiastas de carros esportivos.
Um marco nos anos 90
A chegada do Kadett GS em 1989 marcou um período de transição na indústria automotiva brasileira. Substituindo o popular Monza S/R, o Kadett GS não só manteve as expectativas dos consumidores, mas também elevou os padrões com sua aerodinâmica superior, motor potente e uma série de inovações tecnológicas.
Design e Aerodinâmica
O Kadett GS foi concebido com um dos coeficientes aerodinâmicos mais baixos de sua classe, apenas 0,30, superando todos os modelos nacionais da época.
Esse feito foi alcançado graças aos vidros colados rente à carroceria, limpadores de para-brisa com aletas e a ausência de calhas de chuva. Os faróis de neblina, integrados ao para-choque, contribuíam para um visual limpo e moderno.
Desempenho Potente
Equipado com o motor 2.0 a álcool, o Kadett GS atingia impressionantes 171,1 km/h, colocando-o entre os carros mais rápidos do país. Em testes, acelerou de 0 a 100 km/h em apenas 11,26 segundos.
Esse desempenho era complementado por uma estabilidade excepcional, resultante de uma suspensão bem calibrada e baixa resistência ao rolamento.
Conforto e Tecnologia para a época
O interior do Kadett GS era um avanço significativo em comparação aos seus contemporâneos. Embora ar-condicionado e direção hidráulica fossem opcionais, a suspensão traseira com regulagem pneumática destacava-se como uma inovação, permitindo ajustar a altura do veículo conforme a carga. A cabine silenciosa e bem isolada proporcionava uma experiência de condução confortável e refinada.
Consumo de Combustível
Um dos poucos pontos fracos do Kadett GS era seu consumo de combustível, particularmente em estradas. Com relações de câmbio curtas, o carro consumia 7,19 km/l a 120 km/h, limitando sua autonomia devido ao tanque de 47 litros.
Em resposta às críticas, a Chevrolet introduziu uma versão movida a gasolina em 1990, alongando a relação final de transmissão e adotando pneus de perfil mais alto, melhorando o consumo e o conforto nas viagens.
Evolução e Legado
Em 1991, o Kadett GS ganhou teto solar, uma novidade para a linha Chevrolet. Este modelo continuou a evoluir até ser substituído pelo Kadett GSi, que introduziu a injeção eletrônica, proporcionando maior eficiência e desempenho.
O GSi também trouxe um estilo exterior mais agressivo, que muitos proprietários do GS adotaram, alterando a aparência original de seus veículos.
Considerado finais
O Kadett GS não foi apenas um marco na linha de produção da Chevrolet, mas também um ícone da cultura automotiva brasileira dos anos 90. Seu design aerodinâmico, desempenho robusto e avanços tecnológicos estabeleceram novos padrões para os carros esportivos nacionais.
Mesmo décadas após seu lançamento, o Kadett GS continua sendo lembrado como um exemplo de inovação e excelência na engenharia automotiva.